O Curioso mundo do RPG (Beghim)

Olá Leitores da Revolução!

No nosso meio nerd de convivência, este é com certeza um dos títulos mais famosos e citados pela maioria dos nossos. Quem nunca quis ser um Guerreiro da Espada Dourada ou um  Dragon Slayer? Salvar princesas e matar dragões, explorar masmorras e lutar contra ordas de Trolls  famintos, simplesmente é isto que jogadores podem fazer neste mundo fantástico e espetacular.

Jogado em volta de uma mesa com (cartas, miniaturas ou simples imaginação e um papel), Online (MMORPG) ou em consoles variados, este universo é o lugar onde nerds comuns tornam-se matadores ferozes, caçadores habilidosos, magos poderosos e atiradores precisos para alcançar seus objetivos.

Visando o meu e o seu entusiasmo em participar de jogos assim, que te permitem ser e controlar outra pessoa para salvar ou destruir o dia, dependendo das suas vontades, começo aqui uma série de postagens que vão te fazer aproveitar melhor seus dias de aventura com os amigos.

Esta série contará com tudo que temos direito, descrições de Classes, Armas e Perícias, review de bons jogos do gênero, curiosidades sobre o tema e um especial de Aventuras Prontas e dicas para Mestres de RPG de Mesa de plantão que querem otimizar suas aventuras ou trazer ideias novas para seus jogadores.

Mas como tudo que é bom tem um inicio, este primeiro post tem de começar do principio, então nada melhor que começar contando a história de como o RPG surgiu para alegrar nossas vidas.

Então segurem-se, o jogo só esta começando.

Definição:

Primeiramente vamos entender do que se trata este universo:


Os jogos de RPG (Role Playing Game) são conhecidos em idiomas tupiniquins como "Jogo de Interpretação de Papéis" ou simplesmente como "Jogo de Representação", o que de fato ilustra a essência do jogo, pois cada jogador escolhe um personagem e define suas habilidades e características e a partir saí inicia uma aventura interpretando aquele personagem pra solucionar os problemas em questão. Estes problemas criam narrativas colaborativas e envolventes que regem a história.




Para se mover pela história os jogadores utilizam suas fichas que compõe as características de seus personagens e dados para determinar seus sucessos ou fracassos em cada jogada. Em geral a maioria dos sistemas utiliza um D20 (Dado de 20 faces) para determinar o sucesso ou fracasso das ações, sendo o 20 o sucesso absoluto e 1 o fracasso desastroso.

Embora o RPG seja jogado sobre uma base de regras pré-estabelecidas (Que dependem do sistema ou jogo escolhido - Assunto que será abordado em um post na série), o diferencial do mesmo é que este pode ser moldado e improvisado a vontade dos jogadores, pois cada decisão que tomem pode modificar radicalmente o futuro do jogo.




Mas... O que se pode fazer em um RPG?
Simples, como é um jogo de interpretação de papéis o jogador, apesar de ser limitados por um conjunto de regras, pode "fazer o que bem lhe der na telha", pois uma vez que o jogador cria as características do personagem o mesmo o guia em um mundo no qual ele vive, ou seja, mesmo podendo fazer qualquer coisa e sendo interpretado por alguém, a personagem não dispõe das memórias e conhecimentos do jogador que o guia e assim sendo ele só pode executar coisas que estejam em suas memórias.
Como exemplo disto é: Durante uma seção em que um Guerreiro chamado Gular, interpretado por um jogador x, invade uma masmorra e se depara com uma porta, mesmo que o jogador que o controla saiba que atras da porta existe uma armadilha escondida, a menos que que Gular tenha recursos para identificar a armadilha ele abrirá a porta inadvertidamente. O jogador não poderá tirar esta informação do nada e o Mestre tem por obrigação controlar isto (Este tema será melhor detalhado no post sobre Condução do Jogo).

Outro diferencial deste jogo é que dificilmente se tem ganhadores ou perdedores nas partidas, uma vez que as personagens criam um grupo de aventureiros e se ajudam mutualmente em prol de um bem comum (ou não né, sempre tem um vacilão).  Cada personagem tem características distintas dos demais, e isto é usado para que as habilidades de um complementem as fraquezas do outro e vice-versa.

O mais importante sem dúvida é a imersão em um novo mundo que os participantes tem na história porque como um bom livro ou um filme épico a imaginação do jogador flue e se consolida, ou seja, ele se torna parte da história.

Mas sem dúvida alguma o maior trunfo do RPG é que você pode jogar por muito tempo sem que sua mãe possa reclamar por isto (ou sim caso sua mãe seja como a minha) uma vez que a prática de jogar tal jogo é amplamente incentivada pelo Ministério da Educação por ser uma importante ferramenta para se desenvolver a imaginação, a cooperação mútua e o Raciocínio Lógico. Assim você pode alegar que esta simplesmente treinando para ser uma pessoa melhor com a consciência tranquila.

História:

Se você analisar  a composição do RPG, vai dar de cara com uma semelhança incrível com o maior clássico da Fantasia  Moderna que é O Senhor dos Anéis. E tais semelhanças não são mera coincidência, o universo da Terra Média foi e é simplesmente o pilar que sustenta tudo na área de fantasia que conhecemos, inclusive foi a inspiração deste jogo incrível.

Em dados históricos o primeiro registro oficial que se tem do jogo é de 1974, que foi o ano de lançamento de Dungeons & Dragons (O primeiro e mais jogado sistema de RPG) criado por Gary Gygax e Dave Arneson.

Caso você conhece ou costuma jogar D&D  com os amigos saiba que o sistema que conhecemos hoje é muito diferente do que foi criado em 1974, que era simplesmente um complemento para Chainmail (1971), um jogo de miniaturas criado pelo próprio Gary e por Jeff Perren, mas Dungeons & Dragons consolidou-se e deu origem a um novo jogo totalmente diferente e inovador, passando dos tradicionais jogos de guerra/estratégias (semelhantes a War) para os novos jogos de Interpretação de Papéis.

Registros, alguns não confirmados, indicam  que a ideia para o RPG surgiu quando Dave e Gary disputavam uma partida de um "War Game de Miniatura" (Jogo que consiste em mover tropas e unidades de um exercito em um tabuleiro para conquistar territórios, jogado com miniaturas) em que um dos dois criou uma fortaleza intransponível, o que levou o outo a ter a ideia de que para destruir esta fortaleza ele guiaria três dos seus melhores soldados através do sistema de esgoto da mesma.
O resultado disto seria  a primeira aventura controlando um pequeno grupo de aventureiros.

No ano de 1975, um ano após o lançamento do D&D, foi lançado pela mesma produtora o jogo Empire of Petal Throne, um RPG que trazia uma nova abordagem ao Game, substituindo as novelas medievais por histórias com a introdução de novas raças e povos inspirados em povos da antiguidade e criaturas astecas e egípcias.

Em 1980 o jogo já era um sucesso e a febre trouxe adaptações do jogo para as telinhas como o filme Mazes and Monsters, estrelado por Tom Hanks ainda jovem e o famoso desenho Caverna do Dragão, que foi lançado em 1983 e foi ao ar ate 1986 na sua versão original na CBS.

Não entrarei em muitos detalhes quanto as duas adaptações, pois as duas terão suas matérias futuramente durante esta série, mas uma curiosidade sobre a Caverna do Dragão é que seu nome original em inglês é Dungeons and Dragons e foi criado por nada mais nada menos que criado por Gary Gygax e Dave Arneson (este Gary também esta em todas heim).

O jogo confirmou seu sucesso com o lançamento de AD&D (Advanced Dungeons and Dragons) que era um sistema similar ao original, mas um pouco mais diversificado. Ainda em meados dos anos 90 o RPG ganhou diversos títulos alternativos diversificando as marcas e criando sistemas de regras e ambientações diferentes o que criou uma diversificação de conteúdo mas fragmentou o mercado diminuindo os lucros das editoras.



Diversas plataformas surgiram para enriquecer este jogo e sistemas novos foram criados ao longo do tempo como:

• Super-Heróis; Com um sistema Champions, criando um gênero e trazendo uma forma de pontuação para os personagens, além dos atributos, das vantagens e desvantagens o que tornava o jogo mais tridimensional e interessante;

• Cyberpunk: Com uma pegada mais Hitech e clima dos anos 80 em que se discutia o impacto da realidade virtual em um futuro próximo surgia um RPG futurístico com um que de Loki;

• Ficção Científica: Baseados em uma literatura já existente como o Estar Farsas ou totalmente inovadores como Caravelas;
• Filhos de deuses: Com a introdução já antiga de deuses neste mundo, não podia faltar criatividade para faze-los se reproduzir com humanos para criarem super-humanos, como é o caso do jogo Scion.

Diversos outros sistemas alternativos surgiram ao longo do tempo com diversas plataformas, sistemas, regras e cenários para todos os gostos e jogadores.

Assim o RPG conquistou popularidade e é jogado por diversos nerds do mundo todo.

Caso você ainda não faça parte deste mundo ou quer aproveitar para se aprofundar no tema, acompanhe esta série para agregar seu conhecimento e se tornar um grande jogador.

E então gostou desta nova série? Comentem o que vocês acham do assunto e do jogo e deixem aqui suas dúvidas sobre o jogo (regras, raças, sistemas e etc), além de sugestões e falarem o que gostariam de ver nesta nova série para melhor atende-los.

ÀcaminhoDaRevoluçãoNerds

Por enquanto é só...

Fiquem com Papai do Céu e até a 

Próxima