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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Nerd Resenha #6: X-Men: Deus Ama, o Homem Mata


Título:  X-Men: Deus Ama, o Homem Mata
Autor: Chris Claremont e Brent Eric Anderson
Gênero: HQs
Editora: Panini
Edição: 2014
Número de Páginas: 104


Por anos, os Fabulosos X-Men e Magneto, têm sido os mais acirrados inimigos. Mas agora eles precisam juntar suas forças contra um novo adversário que os ameaça, e, talvez, o mundo todo. Os membros da Cruzada Stryker estão preparados para purificar a Terra, sem se importar com as consequências sangrentas de sua causa. Tendo o Professor X como inimigo e Magneto como aliado, os X-Men são submetidos a uma provação ordenada por um pastor enlouquecido.



Enredo

Em "Deus Ama, o Homem Mata", Os X-men se unem ao vilão Magneto para combater um inimigo comum, A "Cruzada Stryker". Liderados pelo pastor William Stryker, a cruzadoa age como um grupo de extermínio e seguem em uma missão de purificação da terra. Para isso eles querem eliminar qualquer um que possua o genes mutante, os quais eles consideram uma criação do diabo e uma afronta a criação de Deus.
Stryker promove debates para disseminar suas ideias e convencer a população através da Bíblia e do medo, mostrando os mutantes como seres poderosos e perigosos. Para vence-lo não serão necessários poderes, mas sim mostrar a todos uma nova visão, onde a tolerância e a paz predominam.

Roteiro

O roteiro é escrito por Chris Claremont, conhecido por criar também as histórias "Dias de um futuro esquecido" e "A Saga da Fênix", alguns dos maiores clássicos dos mutantes, e com essa história não é diferente. É simples, objetivo e bem escrito, e apesar de ter sido lançada a mais de 30 anos continua atual. 

A história foi publicada em 1982, em uma época em que os EUA enfrentavam uma onda de conservadorismo, uma resposta da parte "tradicional" da sociedade as atitudes consideradas hediondas e não patrióticas dos anos 60 e 70, além de várias críticas ao "estilo de vida esquerdista". Os principais propagadores da nova visão fundamentalista eram os televangelistas. 

Algo interessante na história, é o fato de retratar diferentes pontos de vista, não só do vilão mas das "vítimas".

William Strayker: Segundo o próprio Claremont, "Agiu guiado por sua própria percepção de fé." Ele busca o que ele acredita estar correto. Apesar de possuir poder de fogo, tem como maior arma a persuasão.

Magneto: Se mostra se de certa forma um pouco parecido com Stryker. Ele tenta dominar o mundo através de seus  poderes, para fazer dele um lugar onde sua raça (homo superior) possa viver em paz, o que os x-men consideram uma ditadura mutante. Enquanto Stryker impõe sua visão com persuasão (e extermínio), Magneto quer construir um lugar sem liberdade, onde ele controle e molde a sua maneira, para ele uma Utopia.

X-men: São uma clara representação as "minorias" da sociedade. São retratados de uma forma bem humanizada, apesar de serem os heróis também erram. Mas como resultado disso temos uma fácil aproximação com os personagens, nos vendo muitas vezes em seu lugar. Diferente de Magneto eles tentaram vencer mostrando um novo ponto de vista contrário a "Cruzada Stryker".

Arte

A Arte fica por conta de Brent Eric Anderson, e apesar de competente é datada, algo claramente feito há décadas. A coloração também deixa a desejar, mas nada que incomode ou sobreponha o roteiro. A arte de Brent compensa sendo em muitos quadros detalhista, além de não mostrar personagens de forma estilizada, o que reforça a humanidade e a aproximação com eles.


E Onde tudo isso se encaixa no nosso mundo? O repúdio aos mutantes pode ser substituído por todos os tipos de preconceito. Nas palavras de Chris, muitas vezes quando usamos a nossa fé para criticar algo, nos esquecemos que existem outras crenças, ou que a pessoa julgada por nós também possui a dela.

"William Stryker agiu guiado por sua própria percepção de fé. e, ao mesmo tempo, as pessoas contra quem agia eram - e nunca deixam de ser - pessoas de fé. A crença de Noturno no divino se torna menos válida porque Stryker acredita que ele seja uma criatura do demônio?" 

A maior lição da HQ é o respeito e a tolerância, ela mostra o que a falta deles pode causar. 

"Por que, no fim, por mais que sejamos indivíduos, residimos em uma comunidade. Para que a comunidade sobreviva , precisamos encontrar formas de viver juntos, de estarmos bem uns com os outros. Precisamos prezar aquilo que nos une e aceitar, com uma boa dose de tolerância, as coisas que nos diferenciam." _Chris Claremont

Curiosidades
  • O Filme X-men 2 usou HQ como referencia para o enredo.
  • O primeiro artista convidado para desenhar a HQ foi Neal Adams.
  • Em uma das cenas mais icônicas, Brent esquece de desenhar a cauda de Noturno.
Recomendadíssimo

E você já leu Deus Ama, o Homem Mata? Qual sua história preferida dos X-men? Para mais Nerd Resenhas, é só acompanhar o blog!
Até o próximo post...
Nathy..!

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